terça-feira, 20 de abril de 2010
Zona Verde - A Era Bush
Fracasso de bilheteria nos Estados Unidos e ao redor do mundo, o longa dirigido por Paul Greengrass, apesar de diálogos inteligentes sobre a guerra, não trás nada, mas nada mesmo de inusitado.
A famosa câmera na mão tremida e chicoteadas de zoom não é nenhuma novidade, sugerindo diversas quebras de eixo na narrativa, corte seco ao extremo e imagens digitais com certa granulação. Alem do mais, em um ano que um filme de guerra ganhou a maior premiação do cinema, torna-se inevitável comparações, por se tratar do primeiro a entrar em cartaz apos o sucesso de Bigelow.
Matt Damon reencarna o Bourne na pele do soldado Roy Miller, do exercito dos EUA e tem a função de comandar um pelotão que vasculha todo o Iraque a procura de armas de destruição em massa. Dai o resto nem precisa mais falar, começa uma trama no velho esquema cão pega gato, gato pega rato e rato pega queijo.
O filme é cansativo e redundante, mesmo com a boa escolha das locações não foi capaz de agradar nem o publico americano, que deve sentir vergonha das atitudes arbitrarias promovidas pela era Bush em 2003. O que resta ao diretor e finda-lo com velhos clichês que rodeiam as obras de ação, deixando o telespectador com aquele gostinho amargo no bolso que diz “perdi o meu dinheiro”.
terça-feira, 6 de abril de 2010
Atraidos pelo crime ou mera conhecidencia?
Longa com atores veteranos, como Richard Gere, Ethan Hawke e Don Cheadle, Atraídos pelo Crime, do diretor Antonie Fuqua, o mesmo do bem sucedido Dia de Treinamento, está de volta em mais uma trama policial.
Nessa história o diretor conduz um roteiro de três núcleos dramáticos diferentes, envolvidos em um mesmo tema. Os fatos ocorrem no Brooklin sob um ótica nublada, sem que as mesmas tenham que se encontrar o tempo todo. A encenação não é de fato honrosa, visto que Fuqua nunca foi um mestre na elaboração de planos de câmeras perfeitos para suas obras, o que torna a proposta arduamente sazonal. O bem-me-quer fica por conta do elenco protagonista e das locações exploradas. A direção de arte é sutil, mas tudo muito convencional, enquanto que o som direto e sua mixagem beiram os padrões. Ressalvo a montagem mais do que dinâmica para mais de duas horas de cenas.
Na boa, ficar no meio termo nunca será uma boa opção quando o assunto é cinema. Atraídos pelo Crime me deixou com essa impressão estampada na memória. O roteiro perde seu dialogo, a fotografia perde seu brilho e o filme vai se diluindo, perdendo suas forças e andando na contra-mão do seu magistral inicio, frio, tenso e mórbido. Nem a presença do ator Wesley Snipes traz uma luz ao roteiro, visto que sua presença passa por despercebida.
Apesar de tudo, a trama consegue no final das contas agradar muita gente por mostrar o eterno retorno do igual, por argumentar em seu desenvolvimento os batidos clichês de uma obra policial, seus desdobramentos e sua básica linguagem visual. Da próxima vez, chamem o Denzel ou o Crowe para reforçar ainda mais o time por que cá pra nós, Gere tem que fazer comedias românticas e não policial com medo de dar tiro e por balas no gatilho.
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