O filme é uma droga! Calma, não se assuste. Nicolas Cage interpreta nessa trama ácido cômica, um detetive corrupto, drogado e desengonçado mais engraçado que já vi. Alias, o diretor Werner Herzog soube dar esse ar terrível com uma belíssima narrativa cinematográfica.
O visual é muito diferente do que se é usado no campo de trabalho clássico norte americano. Nada de impor velocidade ao filme, sem frenesi e sem cortes repicados. Vicio Frenético mostra que a vida pode se tornar uma loucura tão grande que, num certo ponto, não sabemos de que lado estamos, vulgarmente o declínio de um ser humano. O roteiro é bom e o diretor sabe muito bem como usá-lo, tirando o máximo de proveito da capacidade monstruosa de Cage, esse que alias caiu na “malha fina” do governo dos Estados Unidos por dever milhões a caixinha do Obama. Mas episódios a parte, esse jovem ator a beira dos 46 anos de idade aparece em quase todas as cenas, onde faz parceria com o ator Val Kilmer, o mais novo gordinho da safra dos filmes do Batman.
Bem amarrado e dividido, o longa mostra um lado irônico argumentativo, seqüência ousadamente em sua fotografia, demonstra talento do elenco, dos produtores e das locações de um gênero policial. Vale a pena ressaltar que esse longa pode não agradar a qualquer um devido aos surtos de seu protagonista, que rouba a cena e a beleza da atriz Eva Mendes. Núcleos dramáticos surgem como um entrelace que envolve toda a movimentação da historia. Engraçado, estranho e convincente, um longa-metragem poderoso. Com certeza, recomendo.
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
O Maior Detetive do mundo
De que o personagem inglês Sherlock Holmes é o maior detetive do mundo, meus amigos, eu não tenho a menor duvida, ainda mais com o instinto caçador que existe dentro dessa figura enigmática.
O filme é uma adaptação literária, dirigida por Guy Ritchie, que teve a luz de iniciar seu projeto diretamente na ação, sem aquela velha e batida fórmula de contar a vida de seus personagens anteriormente. É um tanto irônico ver o seus protagonistas, aclamados por trabalharem em longas visualmente e artisticamente modernos, dividindo o banquete numa historia completamente épica.
Cenários, direções de arte, figurinos e a boa adaptação do roteiro caminham lado a lado. Destaco também as gravações em estúdio, com qualidade aceitável para os padrões americanos. O desagrado fica na parte de imagem gráfica, irreal aos olhos e com pequenos desajustes de velocidade. A mixagem e a trilha sonora, já de se esperar, capricha nos padrões mais exigentes do mercado de áudio e tecnologia.
Sherlock, se fosse nos nossos dias, seria um cara muito áspero, convicto e orgulhoso de toda sua genialidade. Em seu repertório intelectual está sempre em busca de novas descobertas e possibilidades de um caso trabalhista complexo. Watson é seu fiel escudeiro e enfático suportado do sarcasmo e de todo um antagonismo latente, humanizada drasticamente em Holmes.
O longa fica marcado por seu estilo clássico, de planos de câmera convencionais e totalmente ajustáveis ao conto e a bela atuação de Robert Downey Jr (que considero um dos maiores responsáveis pelo sucesso desse filme). Quero deixar bem claro que o diretor foi bem-aventurado nas cenas de ação, bem compactuadas, mesclando um detetive que alem do seu QI elevado, luta com extrema sagacidade. A única coisa que Holmes não me respondeu foi como a atadura colocada no dedo da mão esquerda dele, num determinado trecho, sumiu misteriosamente num seguinte corte de montagem. Fica devendo a pericia na continuação, que pelo visto não tem data prevista para engordar ainda mais os cofres da Warner Bros.
O filme é uma adaptação literária, dirigida por Guy Ritchie, que teve a luz de iniciar seu projeto diretamente na ação, sem aquela velha e batida fórmula de contar a vida de seus personagens anteriormente. É um tanto irônico ver o seus protagonistas, aclamados por trabalharem em longas visualmente e artisticamente modernos, dividindo o banquete numa historia completamente épica.
Cenários, direções de arte, figurinos e a boa adaptação do roteiro caminham lado a lado. Destaco também as gravações em estúdio, com qualidade aceitável para os padrões americanos. O desagrado fica na parte de imagem gráfica, irreal aos olhos e com pequenos desajustes de velocidade. A mixagem e a trilha sonora, já de se esperar, capricha nos padrões mais exigentes do mercado de áudio e tecnologia.
Sherlock, se fosse nos nossos dias, seria um cara muito áspero, convicto e orgulhoso de toda sua genialidade. Em seu repertório intelectual está sempre em busca de novas descobertas e possibilidades de um caso trabalhista complexo. Watson é seu fiel escudeiro e enfático suportado do sarcasmo e de todo um antagonismo latente, humanizada drasticamente em Holmes.
O longa fica marcado por seu estilo clássico, de planos de câmera convencionais e totalmente ajustáveis ao conto e a bela atuação de Robert Downey Jr (que considero um dos maiores responsáveis pelo sucesso desse filme). Quero deixar bem claro que o diretor foi bem-aventurado nas cenas de ação, bem compactuadas, mesclando um detetive que alem do seu QI elevado, luta com extrema sagacidade. A única coisa que Holmes não me respondeu foi como a atadura colocada no dedo da mão esquerda dele, num determinado trecho, sumiu misteriosamente num seguinte corte de montagem. Fica devendo a pericia na continuação, que pelo visto não tem data prevista para engordar ainda mais os cofres da Warner Bros.
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Avatar - Divisor de águas?
O filme dirigido por James Cameron sem sombra de duvidas possui uma estética de imagem fotográfica e de planos absolutamente marcantes, soando quase que um divisor de águas nesse gênero. A exploração forte das cores quentes que em minha cabeça funcionaram como um alucinógeno, trouxeram um ar místico a trama, esta que alias, não trouxe nenhuma surpresa.
Simples, o roteiro carece de novidades, sendo bastante previsível. A parte boa é o ritmo, que me deixou preso a historia. Mas é claro que o diretor não vai criar nenhuma laranja mecânica dos tempos modernos.
Defronte a tela com os amigos e desfrutando de toda aquela carga ultravioleta, fiquei dividindo pensamentos entre a linguagem ímpar do longa (e que longa) e de como havia surgido aquilo tudo, todos aqueles personagens, aquela grafia que, desafia nosso senso de percepção da realidade, resultado de um projeto de mais de uma década. O fato é que Avatar não funciona como algo qualquer e sim como algo que nunca foi visto. Não se impressione com a veracidade e sutileza que os mosquitos, plantas e criaturas de Pandora brotam na tela (diretor, da próxima vez imprima os cheiros também ta bom).
Contudo, não vou ficar aqui contando a historia daqueles índios-hippies que correm em árvores e pulam como o Tarzan, o caso é que o filme é bom, digno de Óscar e de ser visto duas vezes no cinema. Sobre a trama, alguns indivíduos pregam que filmes de ação ou ficção cientifica não precisam de um bom roteiro, mas tenho certeza que na locadora ao lado de sua casa existem filmes desse gênero com pouca arte visual, sobretudo bem calçado em suas linhas. Hoje, com certeza Avatar está De volta para o futuro.
Simples, o roteiro carece de novidades, sendo bastante previsível. A parte boa é o ritmo, que me deixou preso a historia. Mas é claro que o diretor não vai criar nenhuma laranja mecânica dos tempos modernos.
Defronte a tela com os amigos e desfrutando de toda aquela carga ultravioleta, fiquei dividindo pensamentos entre a linguagem ímpar do longa (e que longa) e de como havia surgido aquilo tudo, todos aqueles personagens, aquela grafia que, desafia nosso senso de percepção da realidade, resultado de um projeto de mais de uma década. O fato é que Avatar não funciona como algo qualquer e sim como algo que nunca foi visto. Não se impressione com a veracidade e sutileza que os mosquitos, plantas e criaturas de Pandora brotam na tela (diretor, da próxima vez imprima os cheiros também ta bom).
Contudo, não vou ficar aqui contando a historia daqueles índios-hippies que correm em árvores e pulam como o Tarzan, o caso é que o filme é bom, digno de Óscar e de ser visto duas vezes no cinema. Sobre a trama, alguns indivíduos pregam que filmes de ação ou ficção cientifica não precisam de um bom roteiro, mas tenho certeza que na locadora ao lado de sua casa existem filmes desse gênero com pouca arte visual, sobretudo bem calçado em suas linhas. Hoje, com certeza Avatar está De volta para o futuro.
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