O filme dirigido por James Cameron sem sombra de duvidas possui uma estética de imagem fotográfica e de planos absolutamente marcantes, soando quase que um divisor de águas nesse gênero. A exploração forte das cores quentes que em minha cabeça funcionaram como um alucinógeno, trouxeram um ar místico a trama, esta que alias, não trouxe nenhuma surpresa.
Simples, o roteiro carece de novidades, sendo bastante previsível. A parte boa é o ritmo, que me deixou preso a historia. Mas é claro que o diretor não vai criar nenhuma laranja mecânica dos tempos modernos.
Defronte a tela com os amigos e desfrutando de toda aquela carga ultravioleta, fiquei dividindo pensamentos entre a linguagem ímpar do longa (e que longa) e de como havia surgido aquilo tudo, todos aqueles personagens, aquela grafia que, desafia nosso senso de percepção da realidade, resultado de um projeto de mais de uma década. O fato é que Avatar não funciona como algo qualquer e sim como algo que nunca foi visto. Não se impressione com a veracidade e sutileza que os mosquitos, plantas e criaturas de Pandora brotam na tela (diretor, da próxima vez imprima os cheiros também ta bom).
Contudo, não vou ficar aqui contando a historia daqueles índios-hippies que correm em árvores e pulam como o Tarzan, o caso é que o filme é bom, digno de Óscar e de ser visto duas vezes no cinema. Sobre a trama, alguns indivíduos pregam que filmes de ação ou ficção cientifica não precisam de um bom roteiro, mas tenho certeza que na locadora ao lado de sua casa existem filmes desse gênero com pouca arte visual, sobretudo bem calçado em suas linhas. Hoje, com certeza Avatar está De volta para o futuro.
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