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Cada cabeça um mundo... Cada universo uma pessoa.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Sete Anos



Pois é meu amigos, hoje eu não vim aqui para exercer o oficio da critica, se é que um dia o fiz. Hoje eu escrevo pra comemorar, mais um campeonato conquistado. Afinal de contas, somos um time de muita categoria, amor é o que não falta.

Sete anos juntos, acredite se quiser. Isso é motivo de muita comemoração nos dias atuais. Você conhece um quadro surrealista de Salvador Dali onde existe um relógio deformado, quebrado, destruindo o poder do tempo? Bom se não conhece, tudo bem vai no Google. Em 2555 dias aproximadamente ao lado dessa menina-mulher, essa tema, estudado e tão dissecado pelos físicos – o tempo – não nos causou seqüelas. Pelo contrario, a coisa só fez melhorar. Claro senhoras e senhores, estaria mentido se afirmasse que o famoso “mar de rosas” existe, mas o interessante desse estágio é o quanto se pode aprender ao lado de uma pessoa que o amor é real. A vivencia, dos dias mais ruins aos melhores possíveis é totalmente válida.

É engraçado se apaixonar. Platão que o diga! Deus nos criou com essas características, de querer ser amado e de amar também. Citar nossa retrospectiva aqui, entre tapas e beijos, é algo inimaginável. Quem sempre esteve ao nosso lado sabe, o quanto que lutamos e o quanto que já conquistamos juntos como casal, os nossos dilemas, nossas certezas e incertezas, os momentos de diversão, os momentos de perdas, as concessões e as coisas da vida. E o casamento? Ha, vamos deixá-los curiosos!

Agradeço de coração a Deus e a todos esses seres humanos fantásticos, que foram protagonistas desses tantos e tantos momentos especiais marcados em nossa memória. Gratidão extrema a Mariana, a nosso querido e eterno “hermanito”, a Ferreira, Lea, Israel, Fernanda e Victória, Cida e Fabio, Beto, Victor, Salomão, Junior Santiago, Jessica, Bruno Sena, Daniel, Rose e Fúlvio, Tiago Baiano, Anselmo Campelo, Silas, Tosco. Agradeço também a toda galera da nova geração – Sol Jambeiro, Lucas Dourado, Barbara e Isabelle, Kelly, Francival e Juli, Beth e Rômulo, Silvestre (o bebe de Rosemary), Marco Branco, Mario, Allan, Rebeca Furlini, Giselane, Rodnei Leite, Helena, Gilson e mais uma infinidade de pessoas que tornaria a lista infinita.

Agora, podem ir cuidar de seus afazeres. Obrigado pelo ibope!

Ângelo Rosário

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Caça as Bruxas - Ei? Elas não voam em vassouras!



Segundo o Aurélio, a palavra vergonha significa: embaraço, timidez, receio de desonra, pejo, opróbrio, acanhamento. Não existe sinônimos melhores para descrever Caça as Bruxas, dirigido por Dominic Sena.

Para não dizer que é tão chulo todo o enredo os cinco minutos iniciais são positivos. Se fosse um curta, seria ótimo, mas acontece que não é o caso. Roteiros que contam histórias sobrenaturais, de bruxas e monstros de origem maléficas são condenados a mesmice, por tanto tende-se ao apelo visual e a aspectos que fogem de um contexto referencial.

E o Cage, quem diria?
Mais uma vez combatendo as forças do demônio. Resumindo, o filme funciona da seguinte forma:

1. Cavaleiros na época medieval matam centenas de pessoas em novo de Deus.

2. Cage recebe a missão de levar a bruxa a um lugarejo distante, onde os monges Irão saber o que fazer com ela.

3. Apos uma longa viagem clichê pelas estradas de Hollywood, os guerreiros encontram os monges nas ultimas e percebem que caíram na armadilha da bruxa, que de bruxa não tem nada. Parece ser bem pior.

A parte técnica é espantosa no inicio mas logo tende a cair juntamente com toda a narrativa proposta por seu diretor. Fotografia, arte, figurinos, efeitos especiais e locações na mesma tendência e sobram cortes ruins de montagem.

Sinceramente é uma pena ver atores tão consagrados voando em vassouras com destino ao fracasso. Caça as Bruxas poderia ser uma película surpreendente se contasse com mais força de vontade de seus criadores e sua estrutura nada a mercê do anonimato.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Kung Fu Kid


O ramake do sucesso aclamado nos anos 80, Karate Kid está de volta as telonas com mudanças positivas em seu elenco e a história traz diálogos bem colocados, apesar de pequenos buracos em sua narrativa.

Jaden Smith, protagonista, demonstra uma certa maturidade na interpretação do papel, visto que foi muito negativado em atuações anteriores. Nesse caso, o famoso – quem indica – funcionou muito bem, por ele ser filho do Will Smith, um dos produtores do filme.

Seu roteiro
praticamente não traz nenhuma novidade com relação ao original, mas a bendita tecnologia moderna faz um verdadeiro milagre. As imagens são belíssimas e tudo funciona corretamente. Destaque para as locações na China e para a direção artística.

Karate Kid tem sido uma obra de diversas opiniões.
Amando ou odiando, o fato é que Jackie Chan deu conta do recado. Uma pena não ter acontecido mais cenas de ação evolvendo o personagem, de um zelador que é ocultamente mestre de kung fu e passa a treinar o garoto apos uma série de atentados violentos, resultando num desafio para um torneio.

A história é digna, mas se perde em seu ritmo. Sempre beirando a lentidão dos fatos, se mostra totalmente apelativa na passagem final da trama. Na narrativa, mostra-se um olhar inocente de um pré-adolescente em fase de descobertas no amor, na amizade e no companheirismo.

Karate Kid, ou melhor, Kung Fu Kid
, pela troca da categoria é um filme feito para emocionar multidões. É um longa meticulosamente pensado e repensado. Aborda linhas de pensamentos consistentes pela lado psicológico, pela linha filosófica oriental e pela marca de suas fortes atuações.

O Aprendiz de Feiticeiro - Save the children!


Em meio as perucas, Nicolas Cage tenta com sua vasta experiência interpretativa, liquidar mais uma das historinhas da Disney, que lembram mais aqueles livretes infantis vendidos nas bancas e que se tornam roteiros adaptados, condenados a serem imortais em programas vespertinos de televisão.

O Aprendiz de Feiticeiro é protagonizado pelo Dave
(Jay Baruchel) que é uma espécie de eterno apaixonado por uma garota desde o jardim de infância. Anos depois de um episódio místico decorrido numa loja de artefatos antigos, com direito a efeitos especiais anos 80, numa luta do Balthazar Blake (Nicolas Cage) contra um suposto inimigo, o garoto se esquece do fato e curte sua vida de “nerd”, fazendo experiências físico-químicas num lugar abandonado.

A partir dai qualquer um consegue prevê todo o resto. Como numa passe de mágica, Dave encontra o feiticeiro e as coisas começam a ficar mais loucas do que nunca. O garoto vira mágico da noite para o dia e tem como missão salvar o planeta das garras de uma bruxa malvada. Paralelo a isso, num fraco núcleo dramático, Dave ainda tenta conquistar sua garota. Cage se mostra a vontade na trama e não faz mais do que sua obrigação.

Ao meio a toda essa pirotecnia, a trama chega ao fim com cara de Harry Potter, só que bem inferior e com mais um findar água morna. Filmes como essas em plena era moderna são cada vez mais banalizados por falta de criatividade e de um bom roteiro. Tramas desse valor nos faz refletir sobre o futuro das novas projeções para o gênero. Vamos salvar nossas crianças!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Recife Frio


Recife Frio é uma obra que carrega profunda critica social, acompanhada de um certo charme irônico e reflexivo. O curta-metragem já circulou em diversos festivais no Brasil e traz como detonador a drástica mudança climática da cidade nordestina.

Misteriosamente após a queda de um meteorito, um repórter estrangeiro começa a averiguar o fato da cidade de clima tradicionalmente quente e tropical, transformar-se num local extremamente frio. Inicia-se então um trabalho de investigação, que mostra o caos do pouco movimento nas ruas, o abalo na economia e a mudança do comportamento das pessoas.

A obra almeja um olhar analítico
de seu expectador, que é retratada numa sociedade consumista, estereotipada e indiferente. O fato de uma reportagem estrangeira publicar sua matéria leva a leitura de um problema eloqüente a todos do local. A simbologia trazida pelo frio é radical no aspecto cultural, onde os indivíduos que cada vez mais isolados, transitam dentro de locais fechados e crianças brincam dentro de bolhas aquáticas. Os moldes arquitetônicos, o preconceito e a mudança criativa do comercio informal, funcionam como exemplos desse “falso documentário” que traz consigo uma bela narrativa, dirigida por Kleber Mendonça Filho.

Recife Frio é uma trama que atinge a todas as camadas sociais, geradas a partir de um signo de núcleos dramáticos que mexem com o pensamento moderno e caótico do ser humano.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

As maravilhas do Tim Burton


Agradável e bonito. Frio e ostensivo. Distante e sem forma. O velho Tim (Burton) errou dessa vez. Mas não vou culpá-lo por tudo aos avessos. Tem muita coisa fedida por ai, no pais das maravilhas.

O espetáculo estético, meramente estético, é produzido pela Walt Disney. O diretor é bom, mas sua direção não. Aqui não vale rasgar seda e não existe matéria paga. Não sou um exemplo de pessoa ligada ao cinema, mas aqui não e, a verdade dói e se não doesse jamais seria verdade.


O casamento perfeito
, a direção artística e a fotográfica terminaram o romance dessa vez. Por um lado um belo desfile e por outro um refletor apagado. A imagem é suja e ineficiente. Aliás, o próprio mundo subterrâneo, sendo como tal não teria nem luz e isso se releva. Mas o mais engraçado é que ao passo que temos grandes difusões com o céu completamente limpo, temos ilusões, isso mesmo, ilusões como a de Alice, dessas que deixam qualquer acido ligérsico sob a sola do pé e não debaixo da língua.

E por falar em língua me lembrei da linguagem. Alguém conseguiu enxergá-la? E falando dela, me recordei da narrativa. Narrativa? Onde está o cinema? A tecnologia muitas vezes torna a obra banal, acrescenta altas doses de massa física e ao mesmo modo, retira toda a narrativa. A adaptação tinha tudo para ser perfeita. O roteiro mescla idéias do velho Tim com a estória original e até ai tudo bem. Não sei se as crianças vão adorar o filme. Talvez, quem sabe um dia. Tão inocentes.


Uma certa feita alguém me falou
que a vida era feita de viagens, o que de fato justifica toda essa viagem corriqueira e enlouquecida ao extremo do óbvio. Mas tive também minhas alegrias, dei um pouco de risada. Ora elas eram reais, ora viajadas que nem o chapeleiro maluco, interpretado pelo Deep, que também está longe da performance já observada.

Mas e a Alice, cadê ela? Tomou doril. A dona da lua, a insana garota de 19 anos não fez por merecer e atuou como se atuam na maioria das publicidades institucionais, sem brilho e sem sorte. O espetáculo visual é ligeiramente sincero e perspicaz, porem infinitamente mecânico.


A obra é fruto de sucesso graças ao departamento de marketing
, a tecnologia 3D e a boa distribuição. Jamais por sua narrativa. Como não paguei o cinema, me dei por satisfeito. As opiniões sobre o longa se divergem e o meu recado está dado. Sou um pobre mortal, ao contrario da Alice literária e do imaginário popular. Ela é ótima para estudantes de moda, estilistas, futuros diretores de arte e cenógrafos, mas pra quem gosta de cinema, nunca. Meu amigo Burton, da próxima vez, retorne com aquele besouro-suco de existe dentro de você.

domingo, 9 de maio de 2010

Iron Man II - E a saga continua!


Eu não costumo ler criticas nos jornais, mas antes de assistir o Homem de Ferro em sua segunda edição, observei na mídia eletrônica que os comentários estavam agressivamente divididos, coisa que não se vê muito por ai. Muitos comentavam na pele de fã e outros na pele de lobos, saciados por um negativismo latente e incompreensível, julgando que o longa era apenas algo para ver e se divertir. Mas cá pra gente: queremos quer ver um filme de super herói primeiramente pra se divertir, não acha?

Entrando no universo Tony Stark, interpretado mais uma vez por Bob Downey Jr (forma carinhosa de chamar o Robert) ele está simplesmente numa performance inigualável, irônico e divertido, as vezes muito piadista para tapar alguns buracos no roteiro.
E o tal do roteiro é básico, bem resolvido e bem acabado. É uma pena que a continuação não foi suficiente para acompanhar o primeiro sucesso. Percebe-se pequenas falhas na narrativa, o que o torna chato em pequenos trechos.

A arte é excelente, com aquela típica luz redondinha e cheia de “perfumaria”, com o cenário urbano e seco. Geralmente não se esperam mais do que o óbvio em fotografia no gênero. Matthew Libatique, junto com a direção artística deram conta da imagem que o diretor imaginou, creio.

Jon Favreau, que foi também do diretor do primeiro sucesso nos garantiu um ótimo trabalho, cortando excessos e optando por trabalhar com uma montagem mais centrada, com repiques na medida e fiel no contexto histórico do protagonista. Destaco três estupendas cenas de ação de tirar o fôlego. A trilha formidável fica a encardo hits de sucesso das bandas AC/DC, Suicidal Tendences e Queen. Os efeitos sonoros são explosivos e trabalhados até a exaustão. Sobre os efeitos visuais, confesso que me decepcionei um pouco com as programações e esperava gráficos mais complexos, não apenas um visual que me lembrou os jogos do XBOX.

Homem de Ferro 2 é a primeira obra realizada pela Marvel Enterprises depois de comprados pela Walt Disney e agradeceríamos muito se o Mickey não interferisse na próxima seqüência, a dos Vingadores.

Sublime e na medida certa, Bob Downey Jr está criando seu legado, encenando o playboy Stark com maestria de veterano que é, mostrando que veio definitivamente para o papel apos driblar o vicio em heroína e tornar-se um herói. O filme traz uma carga profunda de critica a politicagem moderna mundial, mas cabe a cada um de nós interpretá-lo a sua maneira. Um ótimo programa de cinema e divertido do jeito que tem que ser, me desculpem os eternos negativistas. Recomendo.